LENA BERGSTEIN
Histórico
Lena Bergstein trabalhou com gravura em metal durante muitos anos, tornando a
superfície da chapa um arquivo de impressões, de inscrições e de marcas. Textos escritos e apagados, desfeitos e refeitos.
Quando passou para a pintura, as palavras e os textos continuaram elementos presentes na obra. Os textos se sobrepunham, se combinavam, se faziam e se refaziam. Desde 1989, a artista vinha se debruçando sobre os escritos do filósofo francês Jacques Derrida, fazendo leituras poéticas e plásticas de seu pensamento. Essa relação ficou evidente na Tenda, instalação montada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em 1992.
Por admiração Lena começou a acompanhar a trajetória do filósofo, desenvolvendo trabalhos a partir das conferências de Derrida em seus seminários em Paris. A relação entre os dois foi se estreitando.
Em 1998, é editado o livro criado em parceria com Derrida, que lhe ofereceu o texto Forcener le Subjectile, que deu origem a Enlouquecer o Subjétil, livro vencedor do prêmio Jabuti em 1999.
Em 1998 inaugura a exposição Toiles Récentes, junto com o lançamento do livro Enlouquecer o Súbjétil, na Galerie Debret, Paris, e no Paço Imperial no Rio.
Em 2003 apresenta a exposição Tramas na Sílvia Cintra Galeria de Arte, nike air max baratas e Amarelo Cromo, na Chácara do Céu.
Em 2004, A Escrita do Silêncio no Solar Grandjean de Montigny, no Instituto Ítalo Latino Americano, IILA, em Roma, e no Centro Internazionale di Gráfica em Veneza.
Em 2005 Lena expõe na galeria Mercedes Viegas, no Rio, e em São Paulo, no espaço Contraponto. No mesmo ano participa da exposição “Manobras Radicais” no CCBB de São Paulo.
Em 2007 expõe Marcas da Memória no Paço Imperial do Rio de Janeiro. Cria seu primeiro vídeo.
Em julho e agosto de 2009 apresenta Relatos, no Largo das Artes, Rio de Janeiro.
Representa o Brasil na exposição coletiva Europalia, Bélgica.
Em 2012 cria a exposição “Livros” no Centro Cultural Midrash, Rio de Janeiro.
Na mesma época cria o mural “O livro de Ester”, também no Centro Cultural.
De junho a setembro de 2013 expõe no Museu De Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Em março de 2015, expõe Narrações no Mube, Museu Brasileiro da Escultura.
Foi a artista convidada para participar do colóquio internacional “Jacques Derrida, Pensar a Desconstrução”, em agosto de 2004, RJ.
Participou em 2006 do ciclo de cinema da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro, EMERJ, onde em 2007 deu uma série de quatro conferências, Imagem e Texto na História da Arte.
Escreveu para as revistas Trieb; revista do IPHAM, Patrimônio Histórico; Cadernos da Memória do Museu da República.
LENA BERGSTEIN
Exposições Individuais
2015 Narrações, Museu Brasileiro de Escultura, MUBE, São Paulo
2013 Museu de Arte Moderna RJ, Rio de Janeiro
2012 Centro Cultural Midrash, Livros
2011 Gravure Extreme, Europalia, Bélgica
Contos Africanos, Maputo, Moçambique
2009 Relatos, Largo das Artes, Rio de Janeiro
2007 Marcas da Memória, Paço Imperial, Rio de Janeiro
2006 Contos Africanos, galeria Contraponto, São Paulo.
2004 A Escrita do Silêncio, Solar Grandjean de Montigny, PUC-RJ.
A Escrita do Silêncio, pinturas, Instituto Ítalo Latino-Americano, Itália, Roma.
A Escrita do Silêncio, gravuras, Scuola Internazionale di Grafica, Veneza.
2003 Tramas, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro.
Amarelo Cromo, Chácara do Céu, Rio de Janeiro.
1998 Galeria Debret, Paris, Salão do Livro, Paris, Lançamento do livro Enlouquecer o Subjétil.
Paço Imperial, Rio de Janeiro, Lançamento do livro
Enlouquecer o Subjétil.
Percursos Gráficos, Solar Grandjean de Montigny, PUC-RJ.
1996 Bloc-notes, BibliothecaWittockiana, Bruxelas / Espaço do Grupo Império, Paris
1995 Mistura Galeria, Rio de Janeiro.
1992 Tenda, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro
1991 Carne Seca, Galeria de Arte, UNICAMP, SP
1990 Galeria Obra Aberta, Livraria Bookmakers, Rio de Janeiro
Carne Seca, Textos sobre textos de Oswald de Andrade, UFF, Niterói
Telas e Gravuras, Centro Internazionale di Grafica, Veneza, Itália
Gravuras, Monotipias, Centro Internazionale di Grafica, Roma, Itália
1989 Pequena Galeria, Centro Cultural Cândido Mendes, Rio de Janeiro
Painel A História do Soldado, de Igor Stravinsky, GaleriaSaramenha
Páginas, Galeria de Arte, UFF, Niterói, RJ.
1987 Pinturas e Gravuras, PetiteGalerie, Rio de Janeiro / Galeria Mônica Filgueiras, São Paulo.
1986 Galeria SegnoGrafico, Veneza, Itália.
Solar Grandjean de Montigny, PUC-RJ.
1984 Aquarelas, Galeria Cândido Mendes, Rio de Janeiro
Centro de Estudos Brasileiros, Paraguai
1983 Casa da Gravura, Fundação Cultural de Curitiba, Paraná
1982 Centro de Estudos Brasileiros, Paraguai
Galeria Estampa, Rio de Janeiro
1980 Galeria Macunaíma, Rio de Janeiro
Coletivas e Bienais
2006 Só Pintura, Mercedes Viegas Galeria de Arte, Rio de Janeiro
Manobras Radicais, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo
1999 “Marcas do corpo, dobras da alma”, XII Mostra de Gravura de Curitiba
1988 Quatro artistas brasileiros, Veneza, Itália
GraphikausLateinamerika, AsienundAfrika, Áustria
1987 17th International Biennial of Graphic Art, Ljubljana
1986 8th Norwegian International Print Biennial, Fredrikstad
9th International Print Biennial, Bradford
1985 Velha Mania, Desenho Brasileiro, EAV, Rio de Janeiro
16th International Biennial of Graphic Art, Ljubljana
1984 Fingermann, Martins e Bergstein, Galeria Traço, SP
1983 15th International Biennial of Graphic Art, Ljubljana
5 BrazilianArtists, Galeria Yvonne Séguy, New York / Galeria Estévez – Vilas, Cincinnati, Ohio
Bienal de GrabadoIberoamericano, Montevideu, Uruguai
1982 6th Norwegian International Print Biennial, Fredrikstad
14th International Biennial of Graphic Art, Ljubljana
Do Moderno ao Contemporâneo, Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM, Rio de Janeiro
1981 Panorama Atualda Arte Brasileira, Gravura e Desenho MAM,
São Paulo
Painéis e Murais
2012 O livro de Ester, Centro Cultural Midrash, Rio de Janeiro
1993 Khora, painel de cimento, Edifício Dorchester Gate, Praça da República, São Paulo
1986 Painel A História do Soldado de Igor Stravinsky
Orquestra Sinfônica Brasileira, MAM, Rio de Janeiro
1985 Painel para o espetáculo West SideStory, Auditório do IBAM,
Rio de Janeiro
1984 Outdoor no Catumbi, Rio de Janeiro
Projetos Gráficos
2002 Capa da revista Trieb, da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro
1998 Projeto gráfico do livro Enlouquecer o Subjétil
1998/97/96 Capas para a Coleção Críticas Poéticas, Edusp, São Paulo
1995 Capa para o impresso Diagnóstico da Cidade do Rio de Janeiro
Capa para Maître Eckhart ou l’empreinte du désert, Gwendoline Jarczyk et Pierre-Jean Labarrière, Albin Michel
1994 Capa e ilustrações para Physiognomik der ModernenMetropole,
Willi Bolle, BohlauVerlag, Koln
1993 Projeto Gráfico para a Coleção Críticas Poéticas, Edusp, São Paulo
Capa e ilustrações para o livro Fisiognomia da Metrópole Moderna,
Willi Bolle, Edusp, São Paulo
1992 Projeto Gráfico do Congresso de Literatura Comparada – ABRALIC, UFF, Niterói – RJ
Capa dos Anais do IV Seminário Nacional Mulher e Literatura, ABRALIC, UFF, Niterói, RJ
Capa da revista Trieb, da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro
Prêmios
1999 Prêmio Jabuti por Enlouquecer o Subjétil, Jacques Derrida e Lena Bergstein, Ateliê Editorial, UNESP, São Paulo
Seminários, Conferências e Ensaios
2007 Traço, espaçamento e silêncio: um scribble. VI Diálogo Latino Americano da Associação Psicanalítica Internacional, Rio de Janeiro
Imagem e Texto na História da Arte, 4 conferências, EMERJ, Rio de Janeiro
2004 A Escrita do Silêncio, texto para as exposições do Solar Grandjean de Montigny e Instituto Ítalo Latino-Americano
Segunda Pele, Colóquio Jacques Derrida, Pensar a Desconstrução, Maison de France, Rio de Janeiro
2002 Segunda Pele, Trieb, revista da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro
2001 “O Vazio na Arte”, Formas do vazio, Desafios ao Sujeito Contemporâneo
1997 Pentimento, Palimpsesto, Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro/ VIII Seminário Mulher e Literatura, UFF, Niterói
1995 Desconstrução não é uma metáfora arquitetônica, Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Brasil
1994 Margem, jornada Psicanálise e Texto, Rio de Janeiro
1992 Tenda, MAM, Rio de Janeiro
Margem, um limite rasurado, Cadernos do Congresso Internacional de Literatura Comparada, Rio de Janeiro
1992 A paixão de ser outro, Congresso América 92, São Paulo e publicado nos Cadernos da Memória do Museu da República, Rio de Janeiro
Um texto fora do lugar, Trieb, revista da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro
1990 No espaço entre duas linhas CIEC, UFRJ
Atividades Didáticas
2015 A Arte e a Escrita na História da Arte, Instituto de Artes, Unicamp
2008/2007 Desenho, Imagem e Texto, Escola de Artes Visuais do Parque Laje, Rio.
2007 Workshop: Desenho; Impressões e Transferências, Escola de Artes Visuais do Parque Laje, Rio de Janeiro
2007/2004 Uma Obra em Dobras, Imagem e Texto, Escola de Artes Visuais do Parque Laje, Rio de Janeiro
2007-/82 Desenho e Pintura, Ateliê da artista, Rio de Janeiro.
2002/2001 A arte e a escrita, Departamento de Artes, PUC-RJ.
A imagem e o texto, com Rogério Luz, Departamento de Artes PUC RJ.
1998/1997 Desenho de Observação, Departamento de Artes, PUC-RJ.
Cartografia de uma memória, Curso de Desenho, Festival de Inverno da UFMG, Ouro Preto.
1991/90/89 Criação e coordenação das Oficinas de Desenho e Gravura, AMAGAVEA, Rio de Janeiro.
1991 Seminário A Arte e a Escritura, ECO, UFRJ / Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo.
Coordenação de O Artista Gráfico e o Livro de Arte, seminários, exposições e workshops da ScuolaInternacionaledi Grafica di Veneza / UNICAMP, SP / ESDI, UERJ / UFF, Niterói, RJ.
1990 Seminário e workshop II Monotipo come Stampa d’Arte, Veneza, Itália / Roma, Itália.
1989 Seminário A Arte e A Escritura, ESDI, UERJ.
1988 Criação e coordenação das Oficinas de Artes Plásticas e Poesia, Casa Rui Barbosa, Rio de Janeiro.
1986/85 Vocabulário Visual, Desenho, MAM, Rio de Janeiro.
1986/85/84/83 Gravura em Metal, MAM, Rio de Janeiro.
1983/82/81 Iniciação à Gravura, PUC-RJ.
Narrações
Lena Bergstein inaugurou em março a exposição Narrações no Museu Brasileiro de Escultura-MUBE.
A artista vem há anos trabalhando nas questões centrais da relação arte/escrita. Conversas e relatos, poemas, escritos e cartas que a sensibilizam e a motivam a exprimir seus sentimentos e emoções, estão sempre atravessando e se inscrevendo nas suas telas e seus trabalhos, criando um diálogo através de sua prática, do seu fazer.
Uma obra que tenta fazer relatos, narrações através da arte, que sempre se posicionanuma entrelinha, num entre lugar das artes e da escrita, que dialoga com escritores e filósofos que admira, contracenando com eles.
Narrações, é assim que a artista vê sua obra, um conjunto de narrações e de relatos do que sente, percebe e pensa, como se fossem uma biografia/autobiografia inscrita nos azuis, nas fotos e cartões postais, uma trajetória de vida que começa lá atrás e explode hoje, neste trabalho que conta e narra essa vida.
Quando apresenta Cartas de Odessa estará expondo pela primeira vez escritos seus, fragmentos de cartas, cartas escritas pela artista, cartas recebidas por ela. Apenas fragmentos, nada muito explícito, nada muito exposto, escritos na confluência do real e do imaginário.
É sua história, é sua vida, é sua narrativa.
Uma grafia de vida através de imagens, pontos luminosos, noites, estrelas, palavras e textos poéticos e líricos, uma história de amor.
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