José Roberto Aguilar (São Paulo, 11 de abril de 1941), gravador, pintor, escultor, músico, escritor, performer, artista multimídia e curador. Artista autodidata, irmão do curador replicas de relojes e crítico de arte Nelson Aguilar, José Roberto cursou Economia na Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo por alguns meses, mas saiu para se dedicar a pintura.
Realizou painéis na Estação Barra Funda do Metrô, na Fundação Pró-Memória e executou uma instalação de vidro no Teatro Politheama.
Em 1956, com Jorge Mautner e José Agripino de Paula, fundou o movimento performático-literário Kaos (manifestação vanguardista que incluia seções de poesia, filosofia e performances).
Após morar em Nova York por um ano, mudou para Londres, onde passou a fazer pinturas com pistolas de ar comprimido e fez experimentos com videotapes como novo meio de expressão. Com essa forma visual ele foi o pioneiro no campo da vídeo-arte e da figuração no Brasil.
Explorou as regiões Norte e Sul do país e passou mais um ano em Nova York. Ao retornar para o Brasil, organizou o 1º Encontro Internacional de Vídeo-Arte em São Paulo e participou do Festival de Vídeoarte de Tóquio.
Quando fixou residência no Rio de Janeiro (em 1981), criou um grupo musical chamado Banda Performática (realizaram montagens e espetáculos em praças públicas), que era formado por dançarinos, pintores, atores e músicos (como Arnaldo Antunes).
Morou em Oregon (EUA) onde visitou um centro espiritual do qual se tornou discípulo do líder indiano Raineesh e adotou o nome Swami Antar Vigyan (que significa “aquele que está no caminho de seu interior”) e passou a assinar Aguilar Vigyan.
Em São Paulo, para a comemoração do Bicentenário da Revolução Francesa (1998) organizou a performance Tomada da Bastilha, da qual participaram mais de 300 artistas.
Aguilar participou de diversas Bienais, exposições e megaexposições, tanto em território nacional como internacional – Japão, Paris e Londres, Estados Unidos e Alemanha (nesses dois últimos, é o artista brasileiro com maior participação em mostras) – , tendo sido premiado em muitas delas.
Nos anos 80, ele aplicou seu tempo na pintura produzindo grandes quantidades de obras com dimensões e qualidades grandiosas (pinturas, esculturas em vidro e cerâmicas – tudo com enormes metragens). Nos anos 90, novamente dividiu seu tempo entre várias técnicas de trabalho.
Por trabalhar com um amplo panorama artístico, Aguilar foi diretor e coordenador artístico de eventos e exposições (1990 a 1995) e diretor do espaço cultural (1995 a 2002) na Casa das Rosas, onde otimizou o espaço com exposições sobre a cultura brasileira, foi diretor do espaço cultural e em 2003, foi nomeado representante do Ministério da Cultura de São Paulo.
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