Caras amigas, caros amigos: Convido-lhes a conhecer o primeiro de uma série de cinco breves ensaios sobre a gravura brasileira contemporânea, que serão publicados ao longo das próximas semanas na revista «Speculum». Em cada um dos ensaios, analiso aspectos da obra de um gravador brasileiro cuja obra me parece relevante no cenário artístico atual. O primeiro ensaio trata da obra de Ana Kesselring, gravadora brasileira radicada na França; segue o parágrafo inicial: «Pode-se vislumbrar uma pretensão totalizante nas corpotopias de Ana Kesselring; algo que se efetiva através da repetição de um conjunto particular de elementos formais – sobretudo as linhas e as cores – e que tem por efeito a evocação de uma espécie de organicidade que, não obstante, esquiva-se a qualquer possibilidade de definição restrita. Desse modo, se é possível dizer, de uma corpotopia, que sugere uma forma viva, jamais é possível determinar propriamente que forma é essa; por outro lado, a recusa mesma da definição implica a assunção da universalidade, o que eleva a obra a uma condição particular: uma corpotopia opera, afinal, como uma espécie de arquétipo, de padrão formal que insinua – sem jamais afirmar – sua similaridade com um universo de indefinidas estruturas orgânicas.» O texto completo pode ser lido em: http://www.speculum.art.br/novo/?p=620 Um grande abraço, Henrique Marques-Samyn