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Os Papeis da Gravura de Selma Daffré

Os Papeis da Gravura de Selma Daffré

De 28/10/2014 a 6/12/2014

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Os Papeis da Gravura de Selma Daffré

28 de outubro a 6 de dezembro de 2014.


Os Papeis da Gravura de Selma Daffré

(Cidade, Memória e Arte)

 

Prof. Dr. Adilson José Gonçalves

 

 

Construção e desconstrução da cidade, das imagens, da retina, do flash

fotográfico, do caminhar e refletir pelas ruas da infância e do presente. Momentos de profunda sensibilização, emoção e virtuosismo técnico. Tomada de posição face às reminiscências, das reflexões,concepções, teorias, referências e a necessidade premente

de opinar, definir, decidir o que foi decodificado, decifrado e identificado e ressignificado. Expressões de tensão, ansiedade, prazer e plenitude. Excelência e exuberância de suas linhas, traços, cores fragmentos, busca de uma identidade que se encontra em constante processo de transmutação.

 

A obra expressa o momento particular, prático, teórico e produtivo da Selma, transeunte, autora, crítica, escritora, acadêmica e na perspectiva da especificidade do lócus e do tempo, a generalidade das interações entre macro e micro, do urbano paulistano do Ipiranga, as vivências e experiências no contexto da arte contemporânea da gravura, dos significados múltiplos, da construção e desconstrução das referências internacionais das realizações na arte alemã, inglesa, norte americana, italiana e latinoamericana.

 

Indícios de uma nova perspectiva, de uma nova abordagem e de uma

avaliação crítica da trajetória da cidade, da obra e da própria autora.

 

Cartografias, mapas da memória, ideogramas de um urbano saturado de

significados para a autora, das marcas e sinais da arquitetura, da industrialização, da eletrificação, dos espaços de convivência daqueles da reflexão, dos locais da memória,dos espaços do transeunte, das figuras e personagens ausentes/ presentes na memória,no papel, nas cores, nas tintas e nos enquadramentos que se abrem e fecham pelo olhar

da autora, mas que se concretizam efetivamente na relação com o observador e na fruição com o público.

 

Desta forma, Selma demonstra na prática, que não há obra de arte sem a

interação da sensibilidade do autor com a perspectiva da sensibilidade do interlocutor,ou seja, a obra se materializa como fruição para quem analisa, a contempla e se transforma em co-autor.

 

Assim, a obra de arte tem sua materialidade, na relação indissociável entre múltiplos olhares saturados de distintas temporalidades da memória, da percepção e das projeções do autor, do crítico, do público, como também das trajetórias de percurso destas relações, que se constroem e se desconstroem a cada momento e nos vários tempos que da produção e fruição traduzem e expressam.

 

Das percepções às imagens em transformação, longas trajetórias das técnicas,das reflexões, da cidade percorrida, revisitada, a cidade refletida, reelaborada,transformada. Da cidade ao atelier, angústias, tensões, sensações de alegria, prazer,êxtase e conflitos entre a memória, o presente e o futuro da produção na busca de uma cidade em uma arte e da arte nas cidades.

 

O Prof. Dr. ADILSON JOSÉ GONÇALVES é Produtor Cultural, Crítico de Arte,Pesquisador da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, entre outros.

 

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