De 9/8/2001 a 6/9/2001
"ATELIER QUATTORDICI"
Gravuras do Atelier 14-Grafica Upiglio 22250 de Milão
No dia 09 de agosto de 2001, Quinta feira, às 19h00, será inaugurada, na Galeria de Arte Gravura Brasileira, a exposição coletiva ATELIER QUATTORDICI - Grafica Upiglio 22250 com cerca de 60 gravuras em metal e xilogravuras e 15 livros de artista e álbuns de gravuras impressos no Atelier 14 e na Grafica Upiglio 22250 em Milão, Itália pelos artistas Nino Crociani, Francesca Gagliardi, Luca Vernizzi, Massimo Lomasto e Valeria Manzi entre outros. Abertura: 9 de agosto, quinta-feira, às 19h00.
Exposição: de 10 de agosto a 06 de setembro de 2001.
Horário: segunda à sexta-feira das 10 às 18h, e sábado de 10 às 14h.
Local: Gravura Brasileira à Al. Gabriel Monteiro da Silva,1325, Jd. Paulistano, São Paulo.
Informações adicionais: falar com Eduardo Besen.
O ATELIER QUATORDICI - GRAFICA UPIGLIO 22250 foi fundado em 1999, resultado da fusão de dois ateliês tradicionais de Milão. Um, a Grafica Upiglio 22250, administrada pelo jovem artista Daniele Upiglio que trabalhou durante muito tempo com seu tio Giorgio Upiglio em um dos mais tradicionais ateliês da Itália. Outro, o Atelier 14 foi fundado em 1992 pela jovem artista Daniela Lorenzi e se tornou em pouco tempo uma referência na Itália para todos os artistas envolvidos em artes gráficas e gravura.
Hoje o Atelier 14 - Grafica Upiglio 22250 imprime livros de artistas, álbuns de gravuras, gravuras em metal e xilogravuras de artistas de todo o mundo em meio a um ambiente de discussão e experimentação. Ao mesmo tempo, desenvolve um programa educacional dirigido às crianças de escolas da periferia de Milão. É um centro de criação de arte contemporânea e ao mesmo tempo um lugar de renovação e respeito pela tradição.
A artista e diretora do ATELIER QUATTORDICI, Daniela Lorenzi, virá para a abertura da exposição.
Atelier 14 - Grafica Upiglio 22250, Corso San Gottardo, 14, 20136, Milano, telfax: 39.02.5810.5663 e-mail: danyedany@tiscalinet.it
"Vediamo gente, facciamo cose"
No mundo da gravura italiana já é tradição, chorar e reclamar da ausência de interesse do público e da crítica. Todos parecem ignorar ou dar pouca importância à gravura. Enquanto isso, em outros países europeus e extra europeus, a gravura em metal tem a mesma importância das outras expressões artísticas. Este lamento perpétuo é atribuído a várias causas, mas acima de tudo a uma situação tipicamente italiana que não permitiria à gravura em metal expressar-se em uma linguagem compreensível ao espectador do novo milênio. Na verdade, a situação não se limita a esta visão, já que de toda parte chegam avisos de mudança. A gravura interessa. Interessa aos estudantes das escolas de arte e das universidades, que representam o futuro público, aquele que quando adulto será potencialmente colecionador. Interessa também ao público adulto. E entre os artistas, gravadores, críticos e historiadores de arte algo parece estar se movendo em direção favorável à gravura. Em Milão, existe um atelier ativo há alguns anos que se articulou em novas forças, contatos com o exterior e intercâmbios culturais e que se dedica exclusivamente à gravura tradicional, mas com um espírito totalmente contemporâneo. O Atelier Quatordicci de Daniela Lorenzi acabou de se unir com o Atelier Grafica Upiglio 22250 de Daniele Upiglio, lembrando um tempo em que os antigos impressores uniam suas forças e fundavam uma novas associações. Aqui se faz arte, se faz gravura. Aqui se faz gravura com placas de cobre, verniz, buris e pontas secas trabalhadas diretamente sobre a matriz. Aqui se grava como sempre se gravou. Aqui se discute, se fala e se elaboram projetos. Mas sobretudo, aqui, executa-se. Bem o demonstra este pequeno catálogo com a lista das novas edições já prontas, ao qual se soma o elenco das obras em preparação para o primeiro semestre do novo milênio e o resultado da atividade didática conduzida nas escolas e endereçada às crianças. Neste lugar, se publicam edições de livros de artistas, edições de álbuns com gravuras, poemas e passagens de prosa. Em suma, aqui se faz cultura contemporânea, sem esquecer a tradição, que se renova e perpetua. Aqui se fazem coisas, se reúne gente e sobretudo se trabalha. E trabalha-se na madeira ou na placa de cobre mantendo viva a gravura de hoje.
Marco Fragonara
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Weekdays: 12 am to 6 pm