De 12/11/2002 a 21/12/2002
Fernando Vilela - xilogravuras
O gravador e escultor Fernando Vilela mostra nesta exposição individual vinte e cinco xilogravuras e duas esculturas na Galeria de Arte Gravura Brasileira, apresentando os dois últimos anos da sua produção gráfica.
Destacam-se duas gravuras recentes em dimensões maiores, que fixadas diretamente na parede adquirem um caráter de intervenção no espaço. As esculturas estabelecem uma relação formal com as gravuras como se as imagens tivessem saído do papel e ocupado o espaço tridimensional.
Abertura da exposição: 12 de novembro às 19 horas
Exposição: 13 de novembro a 21 de dezembro de 2002
Horário: Segunda a sexta das 10 às 18 horas. Sábado das 10 às 14 horas
Local: Galeria de Arte Gravura Brasileira, Al. Gabriel Monteiro da Silva,1325, Jardim Paulistano.
Contato pelos telefones: 3064.8779, 3083.3109, 3081.8484.
E-mail: gravbrasileira@uol.com.br
http://www.cantogravura.com.br
O que não tem medida
Massas negras bem recortadas sobre o fundo branco, fissuradas por pequenos cortes e deslizando em suave desequilíbrio. Não se sabe se os volumes são instáveis, tombando em movimento lento, ou se suas fissuras indicam apenas descontinuidades, que sugerem outros planos por detrás. O que se adivinha, de maneira mais imediata, é a referência urbana: blocos compactos, empenas cegas; espaços densos e fraturados, vistos sempre como um inescapável primeiro plano.Mas há outros elementos nas gravuras de Fernando Vilela que contrariam a idéia de uma poética citadina pura e simplesmente. Delicados veios de madeira definindo a superfície chapada emprestam uma urdidura artesanal ao que nas cidades é opacidade matérica. Além disso, algo como frágeis palafitas ou cercados de ripas – marcos do exílio urbano – parecem suportar esses imensos blocos, numa associação de contrários insólitos que se potencializam. Essa transferência simbólica resulta no amolecimento dos contornos, que faz com que surja de repente uma vela negra inflada, feita de cimento, de madeira, de pedra ou de nada. Ou talvez, o fragmento do casco de um navio muito próximo. É disso que trata o seu trabalho: um ir e vir entre o plano e o espaço que traduz, na leitura das linguagens, o caráter irrepresentável das escalas.Uma presença descomunal e oculta, levitando nas paisagens desoladas, ou o que se avista nas cidades para-além das superfícies de seus edifícios, e que permite perguntar: o que é que os separa, e o que é que os sustêm?
Guilherme Wisnik
Fernando Vilela
São Paulo, 1973
Principais exposições
2002
- Espaço Virgílio - Exposição com Rafael Campos - São Paulo/SP
- Menção Honrosa - IV Salão de Artes do Sesc Amapá - Amapá/AP
- Coletiva "Só gravura" - Galeria Adriana Penteado, São Paulo/SP
2001
- Individual - Biblioteca Mário de Andrade - São Paulo/SP
2000
- Individual - Galeria Fortaleza - Macapá/AP
- Individual - Galeria do SESC MACAPÁ - Macapá/AP
1999
- Individual de pinturas e gravuras - Galeria Capitu - Brasília/DF
1997
- IV Bienal Nacional de Santos - Santos/SP
1995
- Individual de Gravura - Galeria Iluminações - Campinas/SP
- Coletiva "Gravuras" - Galeria de Arte da Unicamp - Campinas/SP
- Coletiva "esculturas no parque" - Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim - Campinas/SP
1994
- I Bienal Nacional da Gravura - São José dos Campos/SP
- Premiado no XVI Salão de Arte Simonense - São Simão/SP
- Coletiva de Pintura - Galeria de Arte da Unicamp - Campinas/SP
- Centro Cultural São Paulo, São Paulo - SP
http://www.artebr.com/vilela
Rua Ásia, 219, Cerqueira César, São Paulo, SP - CEP 05413-030 - Tel. 55 11 3624.0301
Weekdays: 12 am to 6 pm